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sexta-feira, abril 22, 2011

Achamento da terra fértil em mar de calmaria





Este poema, escrevi-o em abril de 1999 para  ilustrar  matéria jornalística 
que, no jornal  em que trabalhava à época (Gazeta de 
Goiás), abria o tema 500 Anos de Brasil.(Imagens: Internet).
 L.deA. 




Achamento da terra fértil 

em mar de calmaria





Mar ignoto, mar de tormentas,
mar de esperanças, mar de outros sonhos.
Mar de trazer especiarias,
mar de fazer calmaria
e o porto que fica onde fica Maria.





O mar está calmo,
a esquadra se deixa a oeste,
sem medo e sem ventos
(em Tordesilhas de Espanha
a herança do mundo
fica de meio para Portugal).




















Vera Cruz, Santa Cruz,
gentios de pele morena,
uma gente pequena,
altiva e sem roupas,
vergonhas à mostra...
Ah, Maria que ficou no porto, no Tejo!
São tantas as semanas
de mar e de homens,
e são dóceis as gentes
nas terras ingentes...







Uma ilhota em mar próximo,
uma cruz de Jesus,
o grão capelão e a Missa Sagrada
sagrando o achado
da grande ilha de Vera Cruz.
(os gentios, lá longe). 



























Outra Missa haverá. Aos índios,
água benta e batismo
e a forte mão portuguesa
de El-Rei Dom Manuel,
Primeiro e Venturoso.







A terra, "em nela se plantando,
tudo dá", e nelas, nas índias,
também se há de plantar.















Mas havemos de ir, descobrir outras terras,
converter outros povos
e volver à mãe-pátria,
trazendo alforjes com especiarias
e muita saudade
de novas marias
.




 * * *


Luiz de Aquino, poeta e jornalista


2 comentários:

Mário Alberto Campos disse...

Lindissima, pá! E hoje, no progrma da Ana Maria, o reporter (ou a Ana) ainda dizia que Cabral descobriu o Brasil por acaso. Ela é que está na telinha por acaso!!!

Marilda Shuvartz disse...

Oi, Aquino,

Adorei vc lembrar do São Jorge!!!! Forte guerreiro e nosso protetor.