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sexta-feira, julho 27, 2012

Ainda de mulher burra


Ainda de mulher burra


Amigos meus, queridos leitores! Ao publicar uma velha crônica – a da semana passada, escrita em 2003 e sob o título “Gostar de mulher burra”, não sabia que mereceria tanto retorno! Vejam essa carta:

“Quem já conheceu uma pessoa assim sabe muito bem que tudo que o escritor disse é verdade. Tive uma vizinha assim – bem loira mesmo: olhos claros, pele bem cuidada, muito bonita. E muito burrinha também. Estudava Direito (no interior de Goiás), casou-se com um procurador e conseguiu  transferência para Goiânia.  Ela não falava, discursava. Gostava de clichês e se achava o supra-sumo da sabedoria. E eu ficava constrangida com tanta besteira. As outras vizinhas (morávamos em condomínio) a detestavam, pois ela dizia, dentre outras coisas, assim como quem não quer nada:

– Ah! eu troco de roupa com a janela aberta porque aqui não tem rapaz, só homem casado.

“Todo mundo fazia piada quando a pobrezinha saía da roda (pensando bem, pobrezinha nada; um mulherão, do jeito que vocês gostam):

– Eu sou a favor da defensão do verde, pois a natureza é muito importante para as plantas e os animais (ante um projeto de  jardinagem).

– Pretendo levar minha mãe à Europa; ela sonha conhecer a Itália para visitar Fátima. Eu não gosto muito do aspecto religioso, mas temos de respeitar os mais velhos. E minha mãe é tudo para mim. Mãe é a célula-máter da sociedade. Vou percorrer com ela todos os caminhos que Cristo percorreu por lá, naquela época (verdade!!!)

– Não vejo a hora de terminar meu curso e tirar minha OAB, para prestar concurso. É muito ruim trabalhar de cargo comissionário.
– O tabagismo é um dos piores males da humanidade. Ele devia parar de fumar porque as crianças são fumantes compassivas (sobre um amigo que fumava e tinha filhos).
– A fofoca é um dos pecados capitais que a gente tem de aprender a enlevar.

“Pena que eu não me lembre de tudo... Ela gostava de gerúndios, óbvio. E pronunciava bem o plural de algumas palavras – das frases, nem tanto. Amava a palavra inerte e usava-a em lugar de inerente. Tudo era inerte ao ser humano:

–  A raiva, a fofoca, o desprezo, tudo é inerte ao ser humano.

“Certa vez alguém reclamou de rotina, de fazer sempre a mesma coisa, de fazer tudo igual todo dia, aí ela disse que quando era criança reclamou de fazer o dever de casa todo dia. Então a professora, muito sábia, disse que "o sol nasce e dá a volta no céu todo dia".  Mas nossa amiga tinha de ‘complementar’, claro, dizendo que na época aceitou sem questionar, pois era criança e não percebia que às vezes o sol não nascia. Mas hoje sabe muito bem que não é assim.

– Veja lá no Sul, está chovendo faz um tempão! Rotina é algo muito monótono mesmo”.

Como se vê, eu, poeta e cronista, limito-me a continuar repórter e repetir o que vejo, ouço e constato. Não tenho preconceito algum contra as loiras. Amo mulheres inteligentes... e me divirto com as burrinhas.


* * *


sexta-feira, julho 20, 2012

Gostar de mulher burra


Gostar de mulher burra


Esta crônica , publiquei-a em setembro de
2003; ao relê-la, bateu saudade de uns dias
lindos, tempo de bom convívio... Lembrei-me
de amigos que se espalharam e, em sua
homenagem, republico-a agora!



Marcelinho Pão-e-Vinho, o delegado meu amigo - aquele de uma pequenina cidade do interior - tem posturas que, não raro, me surpreendem. Como, por exemplo, não gostar de crianças nem de adolescentes. Jovem que é, ele se sente bem quando está entre pessoas com mais de 40 anos. E tem lá o seu discurso apropriado, que, não raro, destoa da função que exerce. 

Gozado... agora me ocorre isso. A gente tem a mania de estereotipar as pessoas conforme a sua origem geográfica, seu habitat urbano ou rural, sua profissão, etc. E a gente espera que um delegado de polícia seja um sujeito truculento, indelicado, com linguajar apropriado – como chamar alguém de “elemento” e dizer “viatura” para se referir ao automóvel. Esse meu amigo, não. Ele é educado, culto, bom leitor de literatura, ouvinte de boas músicas e apreciador de bons vinhos. Em termos de, digamos, identidade comportamental, ele é namorador, gosta de uns momentos boêmios e, já foi dito, sabe bem escolher amizades e companhias femininas. E é aí que aparece a surpresa.

Mulher bonita é quase unanimidade – todo homem quer. Certo, há exceções, mas isso decorre da índole sexual de cada um e nada tem a ver com beleza, e sim com o gênero da pessoa a quem o tal escolhe. Se a intenção é apenas bater um papo e tomar cerveja e deixar o tempo correr, ele não faz distinção; mas para os feitiços do amor, disse ele, o ideal é mulher burra. E, antes que eu dissesse qualquer coisa, Marcelinho Pão-e-Vinho espalmou as duas mãos na vertical e explicou:

- É lindo curtir uma mulher burra! Elas dizem coisas encantadoras, não sabia?

Não, eu não sabia. Coisas encantadoras saindo da boca de uma mulher burra?

- Sim, é claro... Veja só, semana passada eu saí como uma garota linda, dos olhos grandes, boca carnuda, toda elegante e, pensa ela, bem informada. Aí, passou por nós um sujeito que a cumprimentou rapidamente. Ela me perguntou se eu o conhecia e já esclareceu: “Ele é ornitorrinco”. Como eu fiquei assim, meio sem entender, ela explicou, toda poderosa, que “ornitorrinco é médico que cuida de garganta”.

Bem, bem... O delegado relegou essa e ficou, então, à espera da próxima patacoada que a moça diria. E esta aconteceu logo em seguida, com a chegada de um amigo de infância do policial, professor de história, finalizando o mestrado e já pensando no título de doutor como meta seguinte.

- A donzela não perdeu a oportunidade, ela tinha que mostrar que era culta - continuou o delegado. - E esticou-se com muita classe em direção ao professor, dizendo que adorava história, que só tirava notas altas na escola. Meu amigo, para ser educado, deu-lhe ouvidos e se arrependeu amargamente. A moça, com ares de intelectual de feira-livre, pôs fim à conversa com esse disparate: “Adoro a história de Cleópatra, aquela loba que amamentou Romeu e Julieta”.

O professor evadiu-se do recinto (essa expressão só é usada aqui em homenagem ao delegado), olhando o amigo com expressão de desespero. Mas a namorada eventual de Marcelinho Pão-e-Vinho ainda diria mais coisas. Era só haver oportunidade. Não demorou muito, apareceu o Tuti – advogado, boêmio, boa prosa, um tanto descuidado de sua própria saúde, mas só quando a causa é nobre (diz ele). Não o recrimino, porque também sou dos tais. Pelo prazer de uma boa prosa em torno de algumas garrafas de cerveja, sacrifico o controle sobre as taxas de glicose. Não é o caso de Tuti, o que o incomoda é a pressão arterial.

O delegado apresenta a namoradinha do momento, convida Tuti a se sentar, ele aceita. Oferece-lhe bebida e tira-gosto, mas o bacharel recusa, justificando-se:

- Ah, amigo, hoje não. Estou controlando, meu colesterol anda a mais de trezentos.

E a loira (eu tentei não dizer, para não ser acusado de preconceito de cor), sempre se exibindo, comentou, segura de si:

- Puxa, está caro, hem! Pechincha, você acaba conseguindo um precinho melhor.


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terça-feira, julho 17, 2012

Visitação literária


Visitação literária



É bom reabrir livros já lidos. É visita que gosto de fazer, sempre.

Há quase 30 anos, a Livraria Cultura Goiana, do saudoso Paulo Araújo, assinou a 6a. edição de Tropas e Boiadas, o único livro do jovem Hugo de Carvalho Ramos. O autor tinha 21 anos quando lançou seu livro de contos que é tido, entre os estudiosos da literatura brasileira, como o pioneiro no segmento do regionalismo.

Será? Desde aquela publicação pioneira, há quase um século (o ano dos 21 anos de Hugo é 1916). Hoje, o que temos por regionalismo é o texto eivado de expressões setoriais, como escrevia meu querido Carmo Bernardes; e ainda os notáveis Eli Brasiliense e José J. Veiga. Suas histórias, ou causos, tendo o sertão de suas vivências como cenários e os camponeses por personagens, trazem diálogos bem definidos, geograficamente; mas a literatura, como se a concebe, é a prática das figuras, é o caminho poético das narrativas... Vejamos esse trecho:

Cai a chuva lá fora. Plac! plac! ouço-a cantando em goteiras e cornijas, no cimento molhado da rua e nas vidraças embaçadas do meu quarto. Não sei porque, vendo o borraceiro descer, o espírito embebe-se-me em doce e longínqua rèverie.
Vejo, através duma tela úmida, as paisagens distantes de meu torrão natal, e afaz-se-me a que ando viajando, como antigamente, por esses sertões, sentindo sob o pala de viagem a água cirandar forte, cabriolando e verdascando sobre os cerros longes, as saraivadas, ou peneirando grosso, em meio o rendilhado sombrio da floresta por onde vou”.

São os primeiros parágrafos de Dias de Chuva, conto constante do único e já citado livro do moço poeta e ficcionista vila-boense, tão previamente desaparecido do convívio humano. Um conto que um crítico moderno, desavisadamente, poderia qualificar como crônica, alegando não conter, o texto, “elementos indispensáveis ao conto”. E um bom advogado do tema recorreria ao conceito de Mário de Andrade: conto é tudo aquilo que o autor chamar de conto.

Conto ou crônica, pouco se me dá o conceito hodierno... Hodierno é palavra em desuso, ou, dirão os moços, palavra antiga; mas a língua é antiga, tal como a temos; e mais antiga por suas raízes. E hodierno quer dizer de hoje – portanto, moderníssima, atual, de agora! Conto ou crônica, as impressões do poeta são notáveis e marcantes. O texto insere o leitor na plasticidade do momento descrito, quase que nos molhamos dessa leitura. A linguagem do regionalista, aí, é culta e doce, clara, convincente: é possível, sim, ser regionalista sem o palavreado chato que alguns autores tentam navegar quando pouco se o conhece. Regional é o tema. É? Uma chuva? A chuva é fenômeno geral sobre a Terra; regional é o ponto onde ocorre – e Hugo, vivendo a chuva na capital federal do Rio de Janeiro, evoca outras precipitações com a mente viajora ao sertão de Goiás. Mas o texto é inteligível, culto e claro ao entendimento de qualquer leitor lusófono, mesmo nestes cem anos que nos distanciam da concepção original.

Assim entendo a literatura – a escrita ornada de clareza, de figuras líricas, ao agrado do leitor sensível. A narração fria e seca serve aos relatórios de ofício, às atas de assembléias, aos contratos, à transmissão objetiva de fatos noticiosos. Os gêneros literários dispensam hierarquia, ainda que existam críticos que escalam o poema, o romance, o conto e marginalizam a crônica. E os livreiros que recusam-se a produzir e vender livros de poesia, alegando a dificuldade de venda e alimentando a energia que gira um círculo vicioso: poesia não se vende porque o leitor não compra ou o leitor não compra por não encontrar poesia à venda?

Em qualquer hipótese, e enquanto não se tem resposta, fiquemos com o lirismo da boa prosa poética, seja em contos regionais, em crônicas de jornais ou discursos e outros que-tais. Em suma, literatura só se marca quando cheia de poesia.


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sexta-feira, julho 06, 2012

Com estudantes, em Nerópolis


Eu, feliz, entre professoras e estudantes no Colégio Mauro Borges

Com estudantes, em Nerópolis


Costumo dizer às pessoas, especialmente às que se deprimem por “perder” um projeto na vida, que os sonhos, quando não se realizam, devem ser substituídos. Conformismo? Não: condicionamento pela sobrevivência. O importante é escapar da depressão e dos seus efeitos.

Como toda criança, sonhei com a vida adulta, fiz planos de família e, sobretudo, de profissão. As crianças sabem, sem que alguém lhes ensinem, que é muito importante ser feliz com o trabalho. Era assim, ao menos – hoje, os sonhos dominantes entre os pequeninos é a “corrida para o abraço” após o gol, ou os aplausos da platéia quando do desfile. E há as variantes: ser atriz ou ator, ganhar medalha nas Olimpíadas, disputar votos para ganhar um lugar no céu, em Brasília, ou nos palácios regionais.

Eu sonhei diferente. Queria ser  professor. Quis, tentei, fui. E quando muito pouco faltava para eu ter o diploma, algumas gestões de ciúme e delação tiraram-me das salas de aulas. Havia a perseguição sistemática e, em sua esteira, a ameaça de prisão, e prisão sugeria tortura, humilhação, ostracismo. Fui obrigado a mudar o sonho. Elegi o que me vinha logo em seguida – ser jornalista. E sem sonhar com isso, fiz-me escritor de livros muitos anos depois dos primeiros versos, das primeirinhas historinhas  inventadas. O primeiro livro chegou tardio, aos 33 anos. Mas a escrita, para mim, era prática de duas décadas.

O jornalismo foi o modo da sobrevivência; a escrita, o do prazer. Então, ainda que distante das escolas, achei uma fórmula feliz de trabalho. E o ofício dos livros, inevitavelmente, encaminhou-me de volta às salas de aulas. E o prazer de estar com jovens estudantes é enorme! A adolescência, penso eu, é o momento da vida em que mais processamos o aprendizado; na infância, assimilamos; na adolescência, processamos; quando adultos, aplicamos.


Mauro Borges Teixeira, patrono do Colégio

Há poucos dias, tive esse prazer de modo redobrado. A escola, em si, já me seria acolhedora pelo seu patrono: Colégio Estadual Mauro Borges (em Nerópolis). Mauro Borges governava o Estado em 1963, quando voltei do Rio de Janeiro (aonde fui para poder estudar o Ginasial). Eu estava na Avenida Goiás quando os aviões da FAB ameaçavam Goiânia com toneladas de bombas caso o jovem governador não entregasse o cargo; naquele dia, Dona Josefina, sua avó materna, faleceu sob o som das esquadrilhas.
Com Fernanda Carine, diretora do Colégio Mauro Borges

Nos primeiros anos deste novo século, ajudei-o como editor, quando da publicação do seu livro de memória – Tempos Idos e Vividos, Minhas Experiências. Esse convívio foi, também, o cumprimento de um sonho; teria gostado de trabalhar com ele – pensei sempre – e tive esse privilégio. Naquela manhã uns dias atrás, revivi, de certa forma, esse convívio, ao ser entrevistado pelos estudantes do 9º Ano, Turma A (Ana Paula, Tatiane, Vitor, Helena, Carlos Antônio, Hugo, Bárbara, Maria Eduarda, Fernanda, Everaldo, Daniel, Hygor, Luana, Lucas, Carlos Eduardo, Wânia, Alisson, Edmilson e Edna). Ouvi perguntas inteligentes e desafiadoras, com a coragem que poucos repórteres demonstram, mas sustentadas por posturas respeitosas, dignas – coisas de estudantes que querem, mesmo, apre(e)nder alguma coisa... E que sabem que é bom buscar com os mais velhos.

Allyne Pimenta

Estive lá a convite da professora e mestre Allyne Pimenta; fui recebido pela diretora Fernanda Caroline e também pela professora Fernanda Farias. Respondi ao que me perguntaram (Júnior Cotonete, meu amigo cinegrafista, documentou tudo; e a cada pergunta, sorria, gozador: “Ih, Luiz, eles estão te apertando mesmo!). O encontro durou cerca de uma hora – acho que ficaríamos por outras horas,  se possível nos fosse – e culminou com um saboroso lanche. Prometi voltar em agosto; espero que me recebam outra vez.

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quarta-feira, julho 04, 2012

Preocupações sobre quase nada


Preocupações sobre quase nada


Gosto de ver a Prefeitura de Goiânia cuidando de instituir, cidade afora, calçadas ajardinadas, ornadas de caramanchões aprazíveis (modernamente, o romântico caramanchão é chamado de gazebo).  Nesta fase pós flores – inaugurada por Nion Albernaz e sequenciada por Darci Accorsi e Pedro Wilson e, lamentavelmente, esquecida por Iris – é possível sonharmos com o retorno das cores em flores de petúnias, gerânios, azaleias e outras espécies que tornam nossa vida mais bonita. É voltarmos à década de 1970, quando dizíamos que, em Goiânia, a Primavera tem 12 meses.

Gosto de falar de flores e suas rimas. Gosto de música que incita a felicidade, o raciocínio, o bem-estar íntimo. Música que dá fundo aos sentimentos, aberça o amor e enriquece o sonho. Música que oferece às multidões um sentimento de alegria e paz, que nos dá energia para demonstrar que gostamos de viver e,  por isso, não tememos enfrentar dissabores para que, em breve, tenhamos essa decantada paz social.

Gosto de pássaros e bichinhos domésticos – só não os quero em meu espaço de morada; cada um em seu mini-habitat, com direito ao espaço corporal, território demarcado e confortável. Não gosto de pisar em cocô de cachorro nas calçadas públicas, muito menos de colher pelos de gato em sofás visitados. Não gosto de ver pássaros presos, pois sua gaiola verdadeira são os galhos das árvores de frutos e o amplo céu de anil ou nuvens.

Gosto de xópins – esse aglomerado de gente fora de casa, essas cavernas imortalizadas em título e tema de romance de José Saramago, esse território comunitário que sucede, em milênios, a ágora grega e, em décadas, as seculares feiras ao ar livre que marcaram ruas do Oriente Médio, os cais mediterrâneos e toda a Europa, além das urbes nordestinas nacionais. Não gosto de ver, num grande centro comercial de Goiânia, no subsolo que abriga centenas de automóveis e retém no ar a fuligem dos escapamentos, uma loja de cães onde madames falsamente amantes dos animais legitimam o comércio que estressa filhotes de raças e, talvez, pedigree. Cadê, a esta altura da vida (e àquela profundidade do subsolo), a vigilância sanitária e as sociedades de amparo aos animais?

Gosto dos canteiros centrais da Avenida Goiás e das calçadas remodeladas dos bairros mais novos; gosto da beleza urbana da Goiás Norte (aquela avenida carece de nome próprio; nada tem a ver com a já histórica Avenida Goiás; ou as avenidas 84, 90, Primeira Radial e Terceira Radial hão de chamar-se Goiás Sul). Gosto dos gazebos (continuo preferindo caramanchões) dessas novas calçadas e praças. Não gosto dos desníveis criminosos que marcam as calçadas de bairros como Bela Vista, Bueno e Nova Suíça, nas cercanias da Avenida T-63, onde as pessoas com dificuldades de locomoção (os que detém deficiências nas pernas e pés, os cadeirantes, os cegos, os velhos e outros igualmente limitados) não conseguem deslocar-se e recorrem à dita “faixa de rolamento”(o asfalto).

Gosto de sentir esperança. Gosto de pensar que tudo isso está nos planos da Prefeitura e que a Câmara Municipal – talvez na próxima Legislatura – atente para o seu papel fiscalizador e cuide de normalizar o que já é preconizado em Lei. Gosto de acreditar que, como ouvi do prefeito Paulo Garcia, a Municipalidade ocupa-se, também, dos resgates históricos, do respeito aos vultos que enriquecem nosso passado e de garantir à História do futuro o alcance aos tempos de agora.

Amém!

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