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sexta-feira, janeiro 02, 2015

Por educadores na Educação

Por educadores na Educação


Eis que experimentamos estes primeiros dias de um novo ano, ainda a dizer Feliz Ano-Novo às pessoas e a fortalecer as esperanças. Estendemos o Natal, o Ano-Novo e a paciência até o Carnaval para, então, começar a atuar em 2015. Afinal, esperávamos começar 2014 após o Carnaval, mas havia a Copa do Mundo; levamos de 7 a 1 e tivemos de engolir os últimos jogos.

Quando pensávamos poder começar o ano, o que de fato começou foi o período das campanhas eleitorais. Somente em novembro começamos o ano (de dois meses), com notícias tristes e alarmantes da política e da Economia. E então chegamos às posses de presidente e governadores com a tradicional renovação das esperanças.

Economia em crise. Educação sob franca suspeita. Segurança a exigir movimento e providências em âmbito nacional. Saúde sob muita atenção, com a máquina pública incapaz de atender as demandas, mas concentrando em si a esperança dos que já notaram que o aparelhamento privado não consegue, também atender ao fluxo cada vez maior (e caro! Impraticável para quem precisar de tratamentos especiais), o que exige altos investimentos.

Segurança é que nem fome – não pode esperar. O mesmo se dá com a Saúde. Mas o berço das soluções reside na Educação, o estágio inevitável para que a sociedade do futuro alcance melhor qualidade dos profissionais de todas as áreas, tornando-a mais digna e legítima.

Os empenhos nacionais pelo respeito e valorização de alguns profissionais conduziram-nos a salários  altos – magistrados, procuradores, boa gama dos policiais civis e outros mais. Tal não se deu com os professores e uma avaliação dos valores pagos, agora e nos passado, informam-nos: naquele tempo em que o custo das famílias reduziam-se quase que somente à comida e vestuário, os professores andavam de terno e gravata e bem alimentavam a família; mas era só! Hoje...

Bem: no tempo (vivo repetindo isso, mas não me canso) em que a Pasta – em níveis federal e estaduais – chamava-se “da Educação e Saúde”, cabia somente aos médicos a titularidade do ministério e das secretarias. Após a divisão (1953), os médicos ficaram com a Saúde e para a Educação nomeava-se qualquer profissional – afinal, todos passaram por escolas, como alunos. Ora: a predominar tal raciocínio, qualquer pessoa com um grande volume de horas de voo, ainda que como turista, poderá ser ocupante do Comando da Aeronáutica, não é? Vai nessa!

Mas a presidente Dilma, em seu discurso de posse, declarou que o lema deste segundo governo é “Brasil, Pátria educadora”(a maiúscula em Pátria é por minha conta). Que seja! Este é um sonho que me persegue desde os meus primeiros anos escolares. Mas preocupa-me que seu ministro da Educação, o engenheiro civil Cid Gomes, entenda que professor ensina pelo prazer e não pelo salário. Essa é uma realidade constatada, Sr. Ministro! Mas há que se remunerar dignamente os mestres, sim! Ou o Sr., se fosse líder no Judiciário, diria o mesmo aos juízes e lhes reduziria os ganhos de contra-cheque, hem?

Feliz 2015, Brasil! (Não falei de Goiás por falta de espaço, mas não me faltará ocasião. Nem inspiração).



* * *

3 comentários:

Heliany Wyrta disse...

Excelente crônica, querido! Gostei muito, mas não tenho nenhuma esperança nesse governo. Esse discurso da presidente é nojento, porque é falso. Beijos pra vc! Saudade!

Nádia Maria Vinhas disse...

Enfim, novamente na pauta esse tripé doloroso para o povo brasileiro, Educação, Saúde e Segurança. Os políticos gostam de levantar essa bandeira e com isso mais uma vez o povão sai perdendo, ano após ano. Cargos políticos são massa de manobras, e nessa Ministros que nada têm haver com a pasta que administram, e por aí... vai da valsa. Onde deveria haver funcionários de carreira, apenas oportunistas.
Meu poeta, pena não dar pra fazer poesia com esses temas, seria bom... e em um toque de palavras resolveríamos tudo, mas não devemos abandonar a luta, é bater sempre nessa tecla,:ano novo, assunto velho, mas nunca perder a esperança, que dias melhores virão.
O Carnaval vem aí... engraçado isso, como o povo brasileiro se adequa tão bem a essa nova palavra... resiliência (palavra usada muito nos dias atuais). Então, mais doze meses para nos enchermos de esperança de um futuro melhor para essa grandiosa Nação.

Mara Narciso disse...

Um belo rasante sobre nossos grandes problemas e memória recente dolorosa. Também acredito que a educação tem de ser a prioridade. Quem é educado consegue ter saúde e trabalho, o que indiretamente afeta a segurança.