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domingo, janeiro 29, 2017

Dois artigos de Cleverlan Antônio do Vale



Luiz de Aquino, estou contigo!


Sir Francis Bacon, diz: "Os jovens estão mais aptos a inventar que a julgar; mais aptos a executar que a aconselhar; mais aptos a tomar a iniciativa que a gerir".

Vendo a defesa do vereador Rafael Moraes, de Caldas Novas, pelo Assessor de Comunicação da prefeitura, na tentativa de desmerecer o escritor, jornalista e professor Luiz de Aquino Alves Neto, publicada na coluna Opinião, na última sexta-feira, 20, vejo que, em certas circunstâncias, o melhor a fazer é retroagir e corrigir nossas inevitáveis falhas. Quem não atrapalha já ajuda muito!

Todos têm o direito de expor seus pensamentos, mas precisamos, primeiro, ter uma noção mínima do que estamos falando ou fazendo. Nem sempre conseguimos administrar bem as nossas palavras e ações.

Tenho por Luiz de Aquino muita admiração e respeito. Trata-se de uma pessoa de personalidade forte, porém, de uma sensibilidade ímpar. Esta qualidade pode ser vista em seus inúmeros livros, artigos, palestras e na sua predisposição em colaborar e apoiar incondicionalmente a cultura de nosso Estado. Sua biografia e suas ações falam por si.

Não conheço o jovem vereador Rafael Moraes nem o Secretário de Comunicação da prefeitura de Caldas Novas, João Paulo Teixeira. Não é minha intenção desmerecê-los nem os julgar. Desejo a ambos muita predisposição ao trabalho e seriedade na conduta de suas funções, começando no respeito que é aconselhável a todos. Esta rusga com Luiz de Aquino não os levará a nada.

Precisamos saber respeitar e apoiar as pouquíssimas e raras pessoas que entregam sua vida em prol da cultura no Estado de Goiás. Luiz de Aquino, que teve posição de grande respeitabilidade no antigo Banco do Estado de Goiás (BEG), poderia ter se aposentado em cargo alto, mas nunca foi adepto às exigências políticas necessárias, à época, e nem às de hoje; optou pelo caminho da literatura e continua a ser um defensor das artes. A literatura é o Norte de sua vida.

Se existem os que não gostam dele, basta procurar os motivos: garanto-lhes que não verão questões pessoais, mas algum assunto relacionado ao meio cultural. Ele é um amigo fiel e um ser humano de qualidades que faltam a muitos, que são a honestidade em seus atos, a credulidade em suas razões e jamais a subserviência a terceiros por interesses de cargos ou mandatos.

Quanto à administração de Magal, não quero discutir seus feitos e desfeitos, méritos e deméritos; desejo-lhe boa sorte e pleno sucesso, abraçando carinhosamente todos os caldas-novenses. Minha opinião aqui é tão somente para expor minha indignação, que julgo desrespeitosa e indelicada, a quem tenho profundo respeito: Luiz de Aquino Alves Neto.

Se Aquino mexeu num vespeiro, pode estar certo que não lhe faltarão pessoas para protegê-lo e se aliar a ele contra as ferroadas de afoitos marimbondos. Estes devem, sim, proteger sua colmeia, mas tomar cuidado com as ferroadas, pois como nos insetos que se tornam suicidas, deixarão parte de seu corpo, que neste caso, podemos chamar de indelicadeza desnecessária.

Firmeza, fortaleza e selvageria, há de se lembrar que para se sobressair, necessita de capacidade para tal. Existem muitas formas para evidenciar suas capacidades intelectuais, que percebo que neste caso, evidencia somente a obscuridade de uma admoestação desnecessária por parte do vereador e secretário.

Receba meu abraço, querido escritor Luiz de Aquino!





Boteco do Luiz de Aquino


Ele é singelo, porém, repleto de ternura, afeto, amizade, boa prosa, muita música, literatura e arte.

Cardápio variado: Iniciando com bons petiscos de poesia, acompanhado, é claro, de uma boa cachaça artesanal de Caldas Novas ou, se preferirem, servem uma muito boa de Pirenópolis.  

Atendimento personalizado. Cerveja geladíssima. Boa carta de vinhos. Destilados de ótima qualidade. Tudo de boa procedência.

O que mais me encanta e canta neste boteco é a boa música goiana, frequentado pela nata dos cantores da terra do pequi. Aliás, poucos são os que conseguem agrupar tanta gente boa.

Neste aprazível local reina a paz e a harmonia, pois seu proprietário é gente boníssima, que possui lastros de amizade em todo o Estado de Goiás. Traz consigo um pouco do espírito carioca, pois na adolescência, foi aluno do tradicional colégio Pedro II, não deixando de existir, portanto, o bom e tradicional samba.

Na parede, várias charges de cartunistas goianos, amigos do proprietário. Retratam fases de sua vida, todas elas repletas de grandes histórias.

Do lado de fora, em frondoso pequizeiro, que acolhe a morada de abelhas Arapuã, também conhecidas como Abelha-Cachorro, Abelha-Irapuá, Arapica, Arapu, Arapuá, Aripuá, Axupé, Caapuã, Cabapuã, Enrola-Cabelo, Guaxupé, Mel-de-Cachorro, Torce-Cabelo, Cupira, e Urapuca. Não gosto desse inseto.

Elas atacam outras abelhas, a Arapuã destrói os botões florais de algumas plantas. Para fazer seu ninho, utiliza as fibras de vegetais, atacando as flores e as folhas novas e até a casca do tronco da planta, para retirar resina.

Quando as plantas estão em flor, o prejuízo é ainda maior, pois a Irapuã faz um orifício nos botões florais, prejudicando a frutificação. O crescimento das plantas também é retardado devido ao ataque destas abelhas. Além dos citros a Irapuã ataca bananeiras, jabuticabeiras, jaqueiras, mangueiras - e até mesmo insistem em partir para cima de alguns escritores.

Existem “vespeiros” realmente indesejáveis, que não nos fariam nenhuma falta. Mas temos que suportar e conviver com certos tipos de insetos, mesmo que tentem nos incomodar.

Não será este ninho que conseguirá tirar o brilho deste boteco, tão bem comandado pelo amigo Luiz de Aquino.


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