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sábado, janeiro 27, 2018

Pirenópolis




Incomparável!

Esta cidade, rodeada
de montanha...

(Crônica escrita em 2003 e publicada em meu livro Meia Ponte do Rosário, Pirenópolis)



Foi Isócrates de Oliveira quem cantou: 

Minha cidade é rodeada de montanha
tem um rio que a banha
murmurando sem parar.


Eu, quando cantei, evoquei

manhãs alegres
sol dourado junto ao rio
e um desafio a que acompanham violões.

Como não evocar manhãs de sol, tardes preguiçosas, noites alegres e madrugadas românticas nesta Meia Ponte das minas de Nossa Senhora? A do Rosário, dos Brancos e dos Pretos. A dos Pretos ruiu sob os desgastes do tempo e a fraqueza das bolsas, minguadas de recursos naquele tempo dos anos de 1940, quando os bancos faliam ante a chamada moratória pecuária. A dos Brancos, incendiada sob o signo de Virgem naquele fatídico 5 de setembro de 2002. E a lembrança de mim, embriagado na Festa do Divino, procissão com banda-de-couro. Inerte e bêbado, quase impedi o retorno da procissão, deixado na soleira da porta lateral, do lado da Rua Direita.

Manhãs de festas
acordando Meia-Ponte
ao pé do monte seus antigos casarões.

Meu canto é de saudade; saudade de mim menino, ou de mim mais moço. O murmurante Rio das Almas...

Rio das Almas
vai levando as minhas mágoas
em meio às águas / a rolar, buscando norte.

Foi na Ramalhuda, verão em 1952, que me afoguei pela primeira vez. Um homem gordo tirou-me do poço fundo e seu sorriso me deixou confiante. Afoguei-me muitas vezes mais, porém sem medo. Em quantos poços, quantos copos me afoguei?

Poção da ponte, de tanta memória! Música eterna das águas velozes... Meia Lua, Pedreiras, Lajes... Tempo matado sem pressa em tardes e manhãs de férias. Vô Luiz, meu xará de Aquino Alves, maestro e seresteiro, não se banhava em casa – só nas águas do Rio das Almas.

Meia Ponte Pirenópolis de serenatas e cerveja muita, cachaça e lua de prata. Meu primeiro porre... Acho que foi no Bar do China, irmão de Pérsio Forzani, no casarão que, caído, deu lugar à atual Casa de Justiça.

Antes dos porres, os amores são a mais doce lembrança. Amores furtivos à margem do rio, amores inebriantes atrás das igrejas, ao sopé dos montes, no pico do Frota entre as antenas de tevê (o som da cidade, a cidade lá longe, o ar fresco da noite e a poesia emergente).

Serenata de metais e cordas na noite serenada. Caju batizado na casa de Wilno. Alexandre, o maestro, era um menino que tocava na banda. Meu avô Luiz tirava notas carinhosas de um trombone e eu volitava, rumo ao passado, para encontrar meu tio Ismael, o da clarineta, e Dito de Melani, o do pistom.

Ai, que saudade
de acordar ao som do pinho
cá no meu ninho
e sentir a lua cheia
na serenata
que dá vida à noite calma
e leva a alma
à viola que ponteia.

Meu canto de versos ganhou roupa nova na melodia de José Pinto Neto. Zé Pinto, o de Caldas Novas, meu parceiro musical, também se foi mais cedo. Foi encontrar os meia-pontenses idos antes, como meu Avô.

E Pirenópolis, a das verônicas do Divino, das congadas e dos doces cristalizados, a do licor de jabuticaba e vinho de caju, a Pirenópolis dos meus sonhos e minhas saudades, essa que não dorme... Essa, a cidade rodeada de montanha, encimada na paisagem pelas três colinas aniladas dos gigantes Pireneus... Ah, essa!

Minha, nossa, eterna cidade de Nossa Senhora do Rosário! Não há fogo nem enchente que te apague de nossas almas.


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Luiz de Aquino é escritor, membro da Academia Goiana de Letras


domingo, janeiro 21, 2018

Língua e Livros



Língua e livros



Gosto muito de tudo o que ouço, vejo e leio sobre a nossa língua. Isso inclui, também, os pontos de intercâmbio, a influência de outras línguas na acepção de palavras estrangeiras, bem como o peso inevitável do falar dos imigrantes de todo o mundo. E nós, no Brasil, que já absorvíamos palavras dos idiomas autóctones, ganhamos ainda com os três séculos da participação africana.

Excelente trabalho de Sérgio Rodrigues


Foi dessa miscelânea que herdamos a “língua brasileira” (prefiro dizer “esta”, pois que é a que me serve integralmente), ou Português do Brasil, com seu vocabulário muito, muito maior do que o conteúdo geral da língua-mãe, o Português Europeu (português, obviamente). E tenho cá comigo alguns livros excelentes sobre a nossa língua, em escrita e fala. Dentre outros títulos, encantei-me com Viva a Língua Brasileira, de Sérgio Rodrigues. Este trouxe à luz um trabalho bem elaborado, de fôlego e seriedade.

Mas tenho também uma obra, Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Morta que, para mim, não mereceu nascer. O autor, Alberto Villas, tomou nota de expressões e palavras, com ênfase para gírias e modismos, e cometeu alguns disparates, como citar por atuais alguns dizeres que lá pelas décadas de ‘1950, 60 e 70 eram correntes – esqueceu-se ele de que a moda que se repete não é só a das roupas, mas a do falar, também.

Um amontoado de equívocos
São da minha infância, há uns 60 anos, expressões que repetimos com facilidade – como chamar de gata ou gato a pessoa amada. Nas leituras, encontrei “pitéu” (décadas de 20 e 30), “chuchu”, “broto” (já estava em desuso quando a Jovem Guarda, movimento musical de 1964 e anos seguintes, a trouxe de volta).

Engraçado (só para exemplificar): ele afirma que “emérito” era uma referência somente em discursos para exaltar algum figurão. E realça que nenhum pé-rapado seria, jamais, chamado de emérito. E arremata o verbete dizendo que hoje o emérito virou senhor. Será isso mesmo?

Outra: ele ressuscita casca-grossa, epíteto para alguém rude e mal-educado, e traduz para o que ele diz ser expressão de hoje – “casca-grossa é um cavalo”. Ora, qualquer pessoa grosseira, em qualquer lugar deste continente Brasil, pode ainda ser chamado de cavalo (ou égua, já que se enfatiza tanto a questão de gênero).

Mas a gafe mais esdrúxula, nas 105 páginas que teimei em ler (o livro tem 302, mas o folhear aleatório deixou claro que as mancadas se repetiam), a “cereja do pudim” foi sobre o curso Colegial, que era dividido em dois tipos (Científico e Clássico) e que se tornou, lá por 1971, Segundo Grau e, em 1996, Ensino Médio.

Ele começa com o verbete “Científico”, definido como “Curso de três anos entre o ginásio e a universidade”. Essa definição já me pareceu uma localização geográfica. E a bobagem foi redigida assim:

Os meninos quando terminavam o ginásio passavam para o científico. As meninas, antes da revolução feminista, faziam o normal ou o clássico. Era no científico que os estudantes começavam a aprender química, física e biologia. Essas três matérias eram a cara do científico. Quem fazia o científico queria seguir a carreira universitária, ser engenheiro, médico, advogado. Ser doutor. (...) Hoje o CIENTÍFICO virou ENSINO MÉDIO” (sic).

Pouco abaixo, ele cuidou disso:

clássico (sic)
Curso intermediário entre o ginásio e a universidade (sic).
Acabava o ginásio existia um curso de três anos antes de prestar o vestibular. O estudante optava pelo curso científico, pelo normal ou pelo clássico. O clássico era um curso meio chique, meio indefinido, meio espera-marido. Fazer o clássico era muito elegante e só. Mas não podemos confundir com aquele que fazia curso de violão clássico. Aí é outra história” (sic).

Ora! Para cursar Direito na universidade, o  menino cursava o Clássico, não o científico. 

Cuidei de transcrever esses trechos sem corrigir nada. Vê-se que o rapaz escreve, mas jamais fez o Clássico ou o Normal. Se tivesse feito um desses, pelo menos erraria menos ao escrever.

E assim é que, mesmo em Minas Gerais, se forma um jornalista nestes tempos pós-Clássico.


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Luiz de Aquino é escritor e jornalista, membro da Academia Goiana de Letras.


sábado, janeiro 20, 2018

Agetop omite homenagem a José J. Veiga

As placas da Rodovia GO 225 omitem a homenagem ao escritor que expandiu Goiás para além dos oceanos

O Diário Oficial publicou a Lei (em 4/12/1999)


Rodovia José J. Veiga: Agetop não cumpre lei
Luiz de Aquino, especial para o DM


Em 1999, a placa foi colocada. Sumiu cerca de 10 anos após.


Veiga em sua última visita a Goiânia (1998)
Quando presidi a União Brasileira de Escritores de Goiás, solicitei ao saudoso deputado Professor Luciano que propusesse a homenagem ao autor de Sombra de Reis Barbudos dando seu nome ao curto trecho rodoviário entre Corumbá e Pirenópolis. A Assembleia Legislativa aprovou e o governador Helenês Cândido sancionou a Lei n° 13.361, de 1° de dezembro de 1998, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 4 seguinte.

Fato é que, na última página da edição de 2 a 8 de maio de 1999 do extinto jornal Gazeta de Goiás (Ano II, n°. 95), publicou-se (o editor de Cultura era o competente jornalista, artista plástico e professor Sálvio Juliano) matéria que tomou quase toda a página – “Rodovia José J. Veiga” (era o título). Coube ao governador Marconi Perillo, em maio de 1999, mandar instalar as placas nas duas margens da rodovia, com o nome oficial do trecho.


Busto de José J. Veiga por Neuza Morais

Por volta de 2009, as placas desapareceram. Encaminhei pedidos à Agencia Goiana de Transportes e Obras Pública - Agetop, envolvi alguns secretários de Estado para apoiarem-me e recorri ao próprio governador da época, Alcides Rodrigues, mas, pelo visto, suas ordens já não eram mais cumpridas.

Com o retorno de Marconi Perillo ao governo, em 2011, voltei a insistir, e continuei sem respostas. Mobilizei espaços do DM (Ulisses Aesse publicou pelo menos duas vezes o mesmo pedido), recorri a pessoas ligadas ao presidente da Agetop, Jaime Rincón, mas de nada adiantou.

Bem! Resta-me implorar uma vez mais ao governador Marconi Perillo que determine a reposição dessas placas. O homenageado deixou seu nome fortemente marcado em nossa história e recuso-me a aceitar o descaso do Sr. Jayme Rincon.


José J. Veiga e eu, em 1982.

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Em 2018, 80 anos de Bariani em Goiás




Lembretes para 2018



Mesmice. É o que se vê em todos os janeiros... O rádio, veículo preferido da grande massa, está contaminado pela impressionante falta de exigência no recrutamento de profissionais. Assim, teima em preconizar que “o ano só começa após o carnaval”. E nesse diapasão corre atrás de novos “cientistas”, os que se identificam como autores de autoajuda para o segmento empresarial. Esses novos gurus, em português deprimente, recomendam (com propriedade) que quem deixar para agir após o carnaval surpreender-se-á com o concorrente que acreditou noutra coisa: ano começou algumas semanas antes do réveillon.

Este primeiro lembrete vem, pois, para o empresariado. O que se mostra “novo” somente após o carnaval é o lado mais falso de outro segmento – o político. Na moita, na calada das noites, na surdina ou ainda a portas fechadas e com os telefones desligados, os políticos maquinam sempre suas ações de autodefesa e de assaltos ao Erário, tudo de modo a bem ludibriar o contribuinte e o eleitor que, a rigor, são sempre a mesma pessoa – o cidadão brasileiro anônimo. Este é outro lembrete, pois – que nos lembremos disso na hora de votar.

Um outro aviso vai para os jovens. E é, também, repetitivo, justo por ser inevitável: acreditem em si mesmos, apostem na sua capacidade de descobrir e aprender, escorem-se nos bons conselhos de pais e avós, pois a vida já começou, o processo de formação do futuro se faz a cada segundo e vocês já estão nele há muito tempo. A vida conta conosco (todos nós) e pode bem exigir muito, sempre. Se bem atendermos às exigências, construiremos para o próximo e para o futuro, e o passo seguinte é a vitória, os louros e se colher. Só não podemos comemorar por muito tempo, o período da ressaca já nos deixa atrasados para as novas iniciativas. É aquela velha história de se matar um leão por dia.

De cada um a vida cobra algo – e a cobrança é diretamente proporcional e orientada para o que escolhemos fazer. Em suma, cada um de nós sabe o caminho dos nossos feitos e cria metas a atingir. Como não somos de ferro nem infalíveis, paremos para festejar e interagir, para sorrir e desfrutar das cores e das luzes. São direitos de todos nós e se bem nos renovarmos após cada conquista melhor estaremos na próxima empreitada.

De minha parte, sou dos que fazem muitos planos. Dedico-me a alguns deles – os que se mostrarem mais viáveis. Nem sempre alcanço bons resultados em todos os empreendimentos, mas sei bem que desistir de algum projeto é algo a se fazer em tempo hábil. E como todo “animal social” aristotélico, tenho parceiros e colaboradores, bem como atendo igualmente a vários chamados. Certo ou errado, foi assim que cheguei a esta etapa da vida.

E antes que me esqueça, existe um lembrete para mim mesmo, que levarei aos 38 confrades da Academia Goiana de Letras já na primeira reunião deste novo 2018: sinto que devemos comemorar os 80 anos, em Goiânia, do bom e velho Paulistinha – o escritor e pesquisador de folclore Waldomiro Bariani Ortêncio.

Ele chegou a Goiânia em 1938. Tinha de 14 anos e no primeiro domingo por aqui, após o almoço, ouviu foguetes e sons de muitas vozes não muito longe da nova morada, no bairro de Campinas. Saiu de casa e chegou a um campo de futebol, era o “palco” do Atlético Clube Goianiense. O técnico do time era um fotógrafo apelidado de Parateca, que mais tarde foi prefeito da nova capital.

Parateca (que se chamava João de Paula Teixeira Filho) queixava-se por não poder contar com o goleiro, que amanheceu doente.

– Eu sou goleiro, posso jogar no seu time? – Ofereceu-se o adolescente chegante:

– Quem é você? De onde vem? – Indagou o técnico. O menino respondeu:

– Sou Waldomiro e vim do interior de São Paulo” – e Parateca o aceitou dizendo:

– Dá a camisa-um pro Paulistinha aqui.

O menino fechou o gol, o Atlético venceu o jogo e ganhou um goleiro que atuou na equipe por mais de dez anos; a cidade ganhou um comerciante que nominou sua loja com o novo apelido (Bazar Paulistinha); e Goiás ganhou o escritor e acadêmico a quem quero homenagear pelos seus 80 anos de goianidade.


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Luiz de Aquino é jornalista e escritor, membro da Academia Goiana de Letras.

sábado, janeiro 06, 2018

Ainda a mesmice...

Nada mudou, ainda!



Há pouco mais de 70 anos, findou-se a Segunda Grande Guerra. E o alívio mundial ante o término do conflito foi o descortinar dos palcos para novos cenários – visuais, perceptíveis e surpreendentes. Era preciso reconstruir muitas e muitas cidades nas duas metades em que se dividiu a humanidade na estupidez das batalhas por terra, mar e ar, com as partes bélicas demonstrando sempre novidades terríveis, desde os teleguiados V2, alemães, até as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki.

Em Caldas Novas, onde os conflitos não iam além dos fuxicos políticos e as fofocas de vizinhos, permeados com possíveis desentendimentos conjugais (num tempo em que sequer se imaginava o divórcio tupiniquim), aquele ano de 1945 foi marcado por muitos nascimentos. Dentre eles, eu mesmo.

Essas pessoas que por aí povoam de cabelos brancos, cabelos tingidos ou mesmo sem cabelos são, comigo junto, parte grande das testemunhas das transformações comportamentais, sociais e tecnológicas, ou seja, somos de um tempo em que a humanidade experimentou surpreendentes mudanças.

E como se transformou a humanidade! Falava-se, no decorrer da década de 1950, em “cérebro eletrônico” e o cinema, que se fartou de mostrar cenas daquela guerra, exibia uma imensa mochila de metal, quase sempre nas costas de um cabo de infantaria. Era o “rádio de comando”, uma vedete das modernidades. Jamais imaginaríamos que o primeiro “cérebro eletrônico”, que contam ser tão grande que ocupava um edifício de cinco andares, juntamente com o tal “rádio de comando” viriam a se misturar num minúsculo aparelhinho que carregamos no bolso – o telefone móvel, ou celular, que sucedeu ao prosaico telefone (de gancho e disco) e ao antes surpreendente PC, o computador pessoal.

A sociedade se transformou também nos costumes, e muito mais rapidamente do que em qualquer outro meio século em toda a sua existência. Quem diria que vovós octogenárias, como as de agora, poderiam contar de suas danças da acima citada década de 1950, quando o rock and roll caracterizou uma mocidade? E essas vovós, ao apreciar a liberdade das netinhas (ou bisnetas) ao anunciar “hoje vou dormir na casa do meu namorado” acolhem com ternura a decisão destes tempos.

Imenso passo, esse! Lamentavelmente, o homem mudou também para pior. Um deputado como aquele dançante que liderava a defesa de Eduardo Cunha – e que derramou para o mesmo posto em relação ao presidente Temer, descoberto em tramoias com empresários sem escrúpulos – acaba premiado com um cargo de ministro.

Mulheres também mudaram. A recém nomeada ministra do Trabalho foi, há bem pouco tempo, condenada em ação na esfera da Justiça do Trabalho. E seu suplente é um “político” que foi condenado por prática de pedofilia e exploração sexual de menores – mas foi agraciado com um habeas corpus providencial. Ou seja, também a Justiça mudou muito (e, em alguns informes, para pior).

Pelo visto, ser “do mal” é capacitação para o ministério de Temer. Lá já estavam aqueles dois denunciados ao lado dele, o presidente; por lá já passou o Geddel, e de lá saiu o antecessor da filha de Roberto Jefferson – aquele mesmo que publicou uma portaria modificando o conceito de trabalho escravo (uma decisão que agradou fortemente a “classe produtora” do campo, inclusive o ministro da Agricultura). E o governo fez vistas grossas ao que o Judiciário decidiu sobre a tal portaria, que só foi revogada após a saída de seu autor.

Enquanto o mal se espalha na cúpula dos palácios de três poderes, o rádio informa que morreu no Rio de Janeiro o jornalista Carlos Heitor Conny, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, homem perseguido pela ditadura, indiscutivelmente um crítico severo das mazelas cometidas pelos políticos, tal como, com heroísmo e forte convicção, criticou o AI-2 – o que motivou a primeira das seis prisões que sofreu durante o regime do arbítrio.

Muitas razões de tristeza nesta primeira semana do ano!

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Luiz de Aquino é jornalista e escritor, membro da Academia Goiana de Letras